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Inflação afeta mais as pessoas de baixa renda em março

Os grupos alimentos e bebidas e transportes foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária

A inflação em março variou entre 1,24% para as famílias de renda mais alta e 1,74% no segmento de renda mais baixa, divulgou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na quinta-feira (14). Os dados fazem parte do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda.

  • Renda muito baixa: 1,74%
  • Renda baixa: 1,72%
  • Renda média-baixa: 1,7%
  • Renda média: 1,63%
  • Renda média-alta: 1,51%
  • Renda alta: 1,24%

Já os dados acumulados no ano até o mês de março indicam taxas de inflação entre 2,68% para o segmento de renda alta e 3,4% para o segmento de renda muito baixa.

  • Renda muito baixa: 3,4%
  • Renda baixa: 3,32%
  • Renda média-baixa: 3,25%
  • Renda média: 3,17%
  • Renda média-alta: 3,02%
  • Renda alta: 2,68%

No acumulado em 12 meses, as famílias de renda muito baixa, com renda domiciliar menor do que R$ 1.808,79, apresentaram a maior alta inflacionária, com a taxa de 12,0%, enquanto as famílias de renda alta, com renda domiciliar superior a R$ 17.764,49, registraram uma variação acumulada de 10%.

  • Renda muito baixa: 12%
  • Renda baixa: 11,6%
  • Renda média-baixa: 11,6%
  • Renda média: 11,1%
  • Renda média-alta: 10,4%
  • Renda alta: 10%
“Vilões”

Os grupos alimentos e bebidas e transportes foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária. Enquanto para as duas classes de renda mais baixa, a alta dos preços dos alimentos no domicílio foi o principal fator de pressão inflacionária, para os demais segmentos de renda, os aumentos do grupo transporte, especialmente dos combustíveis, foram os maiores pontos de impacto inflacionário.

Para as famílias de renda mais baixa, a pressão inflacionária exercida pelos alimentos em março foi decorrente de uma alta que atingiu itens de grande relevância para a cesta de consumo, entre eles:

  • arroz (alta de 2,7%)
  • feijão (6,4%)
  • cenoura (31,5%)
  • batata (4,9%)
  • leite (9,3%)
  • ovos (7,1%)
  • pão francês (3%)

Já para as famílias de renda mais alta, a pressão inflacionária veio principalmente do grupo transportes, repercutindo a alta de 6,7% da gasolina, de 13,7% do óleo diesel e de 8% dos transportes por aplicativo – sendo que esses efeitos foram, em parte, atenuados pela queda de 7,3% das passagens aéreas.

Habitação e transportes pressionam

Nos dados acumulados em 12 meses, a maior pressão inflacionária para as famílias de renda mais baixa reside no grupo habitação, que foi impactado pelos reajustes de 28,5% das tarifas de energia elétrica e de 29,6% do gás de botijão.

Já as famílias de maior renda sentiram maior pressão do grupo transportes refletindo os aumentos dos combustíveis, como gasolina (27,5%), etanol (24,6%), diesel (46,5%) e gás natural (45,6%), além do reajuste de 42,7% do transporte por aplicativo.

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