Até pouco tempo atrás, o Brasil era conhecido como o”paraíso dos rentistas”. Juros reais acima de dois dígitos garantiam uma remuneração altíssima para quem comprava títulos do Tesouro, sem falar nos CDBs de bancos médios. No primeiro caso, tratava-se de um investimento de alto retorno e baixo risco, uma vez que o governo brasileiro não tem histórico de mau pagador. Sem exageros, é possível dizer que renda fixa no Brasil era um ótimo investimento — que, no médio prazo, tinha potencial para enriquecer o investidor.
Mas essa realidade mudou. Com Selic a 6% ao ano, ganhar dinheiro emprestando ao governo se tornou um investimento bem menos rentável. Isso significa que a renda fixa “morreu”? É o fim da “Era do CDI”? O que fazer nesse cenário?
“De fato, com os juros baixos, a renda fixa perdeu atratividade”, diz o educador financeiro André Bona. “Para ter retornos melhores, o investidor precisará buscar alternativas na renda variável.” E aí, entra o investimento em ações.
Mas, mesmo no cenário de juros baixos, a renda fixa sempre será relevante. Há duas situações em que o investidor deve procurar por um investimento desse tipo: quando ele tem um prazo para sacar o dinheiro e na formação da reserva de emergência.”Antes, usava-se renda fixa para aplicações de longo prazo. Hoje, faz sentido investir em renda fixa pensando no curto prazo.” Segundo Bona, a renda fixa é útil quando o investidor precisa de previsibilidade e segurança — e isso compensa o baixo retorno.