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Diário de NY: previsões no Bank of America e Luiza Helena homenageada

A chamada Brazilian Week começou agitada ontem. Logo cedo, o Banco Alfa e a Fundação Dom Cabral receberam um grupo de empresários no restaurante Fasano para apresentar a iniciativa Imagine Brasil (confira os detalhes). No discurso de abertura, Antonio Batista, CEO da FDC, foi direto ao ponto: “Está na hora de sermos éticos com as próximas gerações”. Este é uma questão importantíssima. O Brasil precisa parar de pensar em seu futuro de quatro em quatro anos e necessita de projetos que imaginem uma nação melhor para os nossos filhos e netos sem egoísmo ou interesses eleitorais.

No fundo, nossas percepções sobre o futuro do Brasil são regidas pelas eleições presidenciais – e isso precisa acabar. Por outro lado, os pleitos federais abrem as perspectivas dos caminhos que nosso país pode seguir no próximo quadriênio. Portanto, é um tema importantíssimo, que precisa ser debatido constantemente.

Assim, na hora do almoço, o Bank of America reuniu cerca de 100 empresários e executivos para ouvir as previsões de Christopher Garman, da Eurasia, sobre as próximas eleições. De cara, Garman afirmou que a Terceira Via não tem chances de emplacar dentro de uma sociedade polarizada. Esse comportamento, que já se observou em 2018, é uma tendência que deve prevalecer durante muito tempo no país.

Garman disse que, no Brasil de hoje, temas como emprego e renda são muito importantes. Além disso, a preocupação com a corrupção reinante no país caiu. A soma desses dois fatores parece favorecer Luiz Inácio Lula da Silva. Para a Eurasia, inclusive, Lula tem 70% de chances de ganhar (uma estimativa que Garman admite ser mais alta que as demais análises disponíveis no mercado).

Isso, porém, não quer dizer que a fatura está ganha para o PT.

A recuperação da aprovação do presidente Jair Bolsonaro mostra que ainda há chances para o lado conservador.  Se a aprovação de Bolsonaro ultrapassar a marca de 40 %, haverá chances concretas de reeleição. Para Garman, a vantagem de Lula nas projeções de segundo turno deve cair para 6 a 8 pontos percentuais. Neste cenário, por conta das variadas metodologias que reinam hoje nas pesquisas eleitorais, será muito provável que Bolsonaro apareça na frente daqui em diante em determinados estudos.

Quem quer que seja o vencedor, Lula ou Bolsonaro, as chances de o novo governo formar uma maioria são enormes – isso porque o Centrão, que hoje está com o presidente, pode aderir ao PT, caso os lulistas ganhem a eleição.

Mesmo assim, a oposição que emergirá de 2022 será diferente da atual. Caso Bolsonaro vença, o PT deve ampliar sua base de deputados e isso deve trazer dificuldades para a situação no Congresso. Se Lula for o vencedor, no entanto, os bolsonaristas surgirão como a maior força de oposição e vão azucrinar o governo.

Dessa forma, dificilmente os maiores partidos do Centrão, como o PL, vão entregar a bancada inteira ao vencedor do Executivo.

Qual é o maior problema hoje do cenário político. Segundo Garman, é que “cada lado se sente vítima do outro”. Neste cenário, a agressividade irá pautar os debates políticos e o entendimento ficará cada vez mais longe.

O dia encerrou-se com o Gala Dinner no qual Luiza Helena foi homenageada pela Brazilian-American Chamber. Luiza resolveu não fazer seus speech de improviso – e leu algumas laudas.  No meio do discurso, soltou uma de suas pérolas favoritas: “Quem te irrita te domina”. Luiza pediu trégua para quem toca fogo no parquinho: “Queria convidar vocês a parar de dar opinião sobre o Brasil e dividir o país”, disse. “O que importa é o projeto pelo Brasil”.

Amanhã tem mais.

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Comentários

2 respostas

  1. Acho que me parece este encontro contemporiza a possibilidade tranquila de uma vitória do PT colocando Lula novamente no poder com sede de vingança e empoderado para delinquir a vontade,e mostra está possibilidade como uma situação normal esquecendo os danos que certamente causaram ao país

  2. O tal de Garman diz que a preocupação com a corrupção caiu e isso favorece o PT voltar ao poder com Lula, me parece um pouco sem noção a análise, uma vez que os quase quatro mandatos consecuitivos do PT, foram os períodos de maior índice de corrupção em todos os setores públicos do Brasil.
    Ao dizer o que disse, esse Garman rotula o eleitor brasileiro como alguém desinformado e que entregará novamente o governo ao corrupto, mas algo me diz que as próximas eleições mostraram um eleitor mais esclarecido, mais informado, mais seletivo e que entenda de uma vez por todas que ele é sócio desse País e vote como alguém que está contratando um gerente para sua empresa, então a escolha fica mais fácil, pois responda-me a simples pergunta, quem ai contrataria Lula para ser presidente de sua empresa, para cuidar do seu dinheiro, do seu patrimônio, dos seus investimentos?

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